Imposto
quarta, 18 julho 2007

Imposto: bem ou mal necessário?

 

n      Hoje, 14/11, venceram a Cofins e o PIS.

n      No dia 10 venceu o ICMS.

n      Amanhã, vence o ISSQN.

n      No dia 30, vencem o IRPJ e a C.S (para quem parcelou).

n      Uma emenda constitucional tornou obrigatória a antecipação do IRPJ (1,5%) e a cobrança na fonte do ISSQN.

n      A carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo. A arrecadação chega a quase 40% do PIB, ou seja, mais de 4 mêses de trabalho ao ano são para o governo.

n      A Receita Federal foi transformada em Super Receita.

n      São 74 diferentes cobranças correspondendo a 48,83% sobre o faturamento bruto das empresas (Site da ACLAME).

 

Impostos e contribuições cobrados no Brasil até essa data:

* Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM - Lei 10.893/2004
* Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968
* Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

* Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

* Contribuição ao Funrural
* Contribuição ao INCRA - Lei 2.613/1955
* Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
* Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Lei 8.621/1946
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942
* Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991
* Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
* Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
* Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP)
* Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
* Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
* Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
* Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico - CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001
* Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39/2002
* Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE

* Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)
* Contribuição Sindical Laboral

* Contribuição Sindical Patronal

* Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS         

    Impostos e contribuições cobrados no Brasil:

* Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

* Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

* Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Prof.(OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.

* Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.
* Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
* Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL)

* Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
* Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9998/2000
* Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização

* Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
* Imposto sobre a Exportação (IE)
* Imposto sobre a Importação (II)
* Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
* Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
* Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
* Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica)
* Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
* Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
* Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI)
* Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
* INSS - Autônomos e Empresários 
* INSS - Empregados
* INSS – Patronal

* Taxa de Coleta de Lixo
* Taxa de Combate a Incêndios
* Taxa de Conservação e Limpeza Pública
    Impostos e contribuições cobrados no Brasil:

* Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA - lei 10.165/2000
* Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - lei 10.357/2001, art. 16

* Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
* Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - lei 7.940/1989

* Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
* Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro

* Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC

* Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
* Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
* Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
* Taxa de Serviços Administrativos - TSA - Zona Franca de Manaus - lei 9960/2000
* Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da lei 9933/1999
* Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
* Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunic., Transp. Rodoviário e Ferroviário, etc.)
* Taxas de Saúde Suplementar - ANS - lei 9.961/2000, art. 18
* Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
* Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
* Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE

*Imposto Único Sobre Minerais

*Taxa Annual de Inspeção Veicular

 

O peso da carga tributária

n        “Carga tributária brasileira chega a 39,34% no 1º semestre” (Folha On-Line - 30/09/05)

n        A carga tributária vem crescendo:

n      No primeiro semestre de 2005 - 39,34% do PIB

n      No primeiro semestre de 2004 - 37,83% do PIB

n      Cada brasileiro pagará em média R$ 452 a mais de tributos neste ano

n      Arrecadação tributária por segundo: R$ 24 mil no final do ano.

n      No primeiro semestre:

n      Tributos Federais totalizaram R$ 246,75 bilhões

n      Tributos Estaduais totalizaram R$ 94,50 bilhões

n      Tributos Municipais totalizaram R$ 20,13 bilhões

n      Total: R$ 361,38 Bilhões para os cofres do governo.

n      Fonte: IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

 

Evolução da carga tributária brasileira nos últimos 58 anos:

n      1947 - 13,80% do PIB

n      1965 - 19,00% do PIB

n      1970 - 26,00% do PIB

n      1986 - 26,20% do PIB

n      1990 - 28,80% do PIB

n      1994 - 29,80% do PIB

n      2001 - 34,70% do PIB

n      2005 - 39,34% do PIB

n      Resumindo: aumento de 285% de aumento

Fonte: Dênerson Dias Rosa - Ex-Auditor Fiscal da Sec. da Fazenda de Goiás e consultor tributário

 

Para relembrar a história…

n      No tempo da colônia, Portugal cobrava 1/5 de tudo que era extraído do Brasil.

n      Esse imposto ficou conhecido como o “Quinto dos Infernos”.

n      A Coroa Portuguesa, necessitando de mais e mais recursos, passou a aumentar constantemente a tributação sobre o ouro. Como a arrecadação não atingia os patamares pretendidos, chegou-se até à “Derrama” (tributo local, lançado proporcionalmente aos rendimentos de cada contribuinte), cobrado de maneira violenta. Com o auxílio de tropas, os cobradores de impostos podiam adentrar à residência dos devedores, situação que motivou a Inconfidência Mineira. A continuação da história todos sabem.

 

n      Hoje, pagamos quase 2/5. E o governo quer mais.

n      A carga brasileira é superior à carga dos seguintes países:

n      Portugal (34%);

n      Espanha (35,6%);

n      Suíça (31,3%);

n      Irlanda (28%);

n      Reino Unido (35,9%);

n      Islândia (36,7%);

n      Holanda (39,3%);

n      Alemanha (36,2%);

n      República Tcheca (39,2%);

n      Hungria (37,7%);

n      República Eslovaca (33,8%);

n      Polônia (34,3%);

n      Grécia (34,8%);

n      Estados Unidos (28,9%)

n      Japão (27,3%).

 

n      O Brasil perde para:

n      França (44,2%)

n      Itália (41,1 %)

n      Áustria (44,1%)

n      Bélgica (46,2%)

n      Dinamarca (49,4%)

n      Noruega (43,1%)

n      Suécia (50,6%) 

n      Finlândia (45,9%)

n      O Brasil perde para esses países onde o cidadão, ao nascer, quase não mais precisa preocupar-se com o futuro, visto que escola, saúde, seguridade, tudo é garantido pelo Governo, principalmente nos países nórdicos.

n      Acredita-se que o empresário brasileiro não sonega, apenas paga o que lhe é possível. Indo mais longe, recolhe-se o que o próprio governo estipulou como efetiva meta, visto que no Brasil a fixação de tributos sempre se fez contado com a existência da sonegação. E ao mesmo tempo sempre se sonegou porque nunca se conseguiu pagar tudo o que era cobrado, criando um círculo vicioso: cobra-se muito porque se paga menos e paga-se menos porque se cobra muito. 

n      Cobra-se por amostragem. Quem cai na malha fina paga por todos.

 

n      O governo tem duas formas de equilibrar as contas:

n      Cortar despesas e/ou aumentar impostos.

n      O governo brasileiro está fazendo os dois.

n      O atual governo é o que menos investiu no período de 33 meses se comparado com outros governos (média mensal): 

n      R$ 643 milhões contra R$ 1,327 bilhões, ou seja:

n      54% menor que FHC

n      50% menor que Itamar

n      55% menor que Collor

n      39% menor que Sarney

n      52% menor que Figueiredo (ditadura)

Fonte: Jornal O PR – 12/11/05

 

Crescimento da Arrecadação de Impostos:

n      2003 – R$ 550,2 bilhões

n      2004 – R$ 650 bilhões

n      Acréscimo de R$ 99,8 bilhões

n      O PIB 2003-2004 cresceu R$ 207 bilhões.

n      Os governos federal, estadual e municipal tomaram quase a metade desse crescimento com impostos.

Fonte: Revista Época – 02/02/05

 

Devemos pagar os impostos?

n      O não pagamento dos impostos, das contribuições e taxas implica em multas, juros, correção, inscrição em dívida ativa e perda de bens imposta pela justiça.

n      Mas, diante de tantos desvios de dinheiro público pelos governos, diante de tanta corrupção (que é êndemica) é justo não pagar os impostos?

n      O que faria Jesus em seu lugar?

n      Questionado por fariseus, que queriam lhe imputar crime, Jesus mostrou o que se deve fazer sobre o pagamento de impostos:

Mateus 22:17-21 Dize-nos pois, que te parece é lícito pagar o tributo a Cesar ou não?

Jesus,porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me xperimentais hipócritas?

Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele disse-lhes: De quem é esta efigie e esta inscrição?

Disseram-lhe: De César. Então, ele lhes disse: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

 

n      O que se cobrava de Jesus era um tributo pago por cabeça, o que os rabinos questionavam e os judeus odiavam por imaginarem ser dominação. Porém, o governo revertia o tributo em benefícios.

n      Dependendo da resposta, Jesus ficaria mal com o povo ou mal com o governo. Ele calou a todos.

n      Imposto significa: Tributo – Contribuição

n      Imposto é aquilo que se faz aceitar ou realizar à força (física ou da lei).

n      Há dois tipos de impostos:

n      Direto: que incide sobre a renda ou recurso de pessoas ou empresas (imposto de renda, por ex.).

n      Indireto: que incide sobre transações (ICMS-COFINS-CS-ISSQN).

n      Imposto lançado ao povo pelos governantes.

n      Tributo que um povo dominado pagava a outro (dominador) em sinal de dependência.

n      O povo judeu vivia sob o domínio de Roma e deveria pagar impostos para sustentar a máquina governamental.

n      Os cobradores de impostos eram chamados Publicanos. Eram judeus que estavam a serviço dos romanos, por isso eram odiados pelo povo. Eram julgados de vil caráter, pois também extorquiam grandes somas de dinheiro do povo.

n      Jesus entendia a função do tributo e do publicano.

n      Levi, publicano, foi chamado para ser apóstolo e teve o nome mudado para Mateus (dom de Deus);

n      Zaqueu (Puro), publicano famoso de Jericó, recebeu Jesus em casa, converteu-se e tornou-se discípulo.

n      Portanto, devemos entender que a penalidade vem sobre aquele que não fizer sua obrigação.

n      Cabe a nós pagar os impostos, por mais doloroso que seja. Jesus mostra que devemos obedecer a lei. Devemos ser honestos no trabalho e nas finanças.

n      A pessoa honesta pagará os devidos impostos e obedecerá as leis do governo:

Rm 13:1-7  Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus…Porque os magistrados não são terror para as boas obras…Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem impoto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. (resumo)

 

n      Paulo mostra que o Estado foi criado para dar ordem à sociedade e evitar o caos. Devemos obedecer, pois é uma instituição ordenada por Deus e que deve (ou deveria) seguir os preceitos cristãos para ser um agente de justiça mediante o castigo (da lei) ao malfeitor.

n      Pedro reafirma essa instrução de Paulo:

1 Pedro 2:13-17 Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, com por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor do que fazem o bem... Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei. (resumo)

 

n      O homem que agrada a Deus anda correto diante dos outros, pagando seus impostos e mostrando respeito pelas leis que existem na terra.

n      O homem tem responsabilidade para com o governo, no campo civil e para com Deus, no campo espiritual.

n      Há a falsa impressão de que sonegar impostos vai trazer riqueza e prosperidade.

Pv 10:2 Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.

 

n      O dinheiro da sonegação é um ganho falso que traz muita dor, tristeza e despesas maiores que os “ganhos” para limpar o nome.

Pv 20:17 Suave é ao homem o pão da mentira, mas, depois, a sua boca se enche de pedrinhas de areia.

 

n      A mídia tem mostrado as freqüentes operações da Polícia Federal prendendo empresários que tentam enganar o Fisco. O Brasil tem sido envergonhado pela corrupção que se disseminou por todos os lados. Fuja dela!

 

 

Decisão difícil?

n      Mas o que fazer quando os negócios estão difíceis e é preciso escolher: pagar o imposto ou o fornecedor? É preciso buscar resposta de Deus, através da oração.

n      Jesus também foi cobrado para pagar o tributo que servia para os serviços da congregação que todo judeu acima de 20 anos arrolado deveria pagar.

n       Ele não tinha dinheiro, mas a fé falou mais alto:

Mateus 17:24-27Mas o teu Mestre não paga as didrácmas?... Mas para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o e dá-o por mim e por ti. (resumo)

 

n      Drácma – moeda grega de prata do mesmo valor do denário, moeda romana.

n      Didrácma – duas drácmas que eram equivalentes à metade de um siclo que era o tributo pago para o templo judeu pelos arrolados (inscritos). (Ex. 30:13-16)

n      Estáter: equivalente a dois siclos.

n      É errado deixar de pagar os impostos que legalmente devemos. Deus quer que ajamos com honestidade e integridade em todas as áreas da vida.

n      Assim como o dinheiro surgiu na boca do peixe, a oração pode fazer com que um recebimento em atraso chegue e resolva a situação. Há que ter fé.

n      Hoje, o governo sabe que está difícil arrecadar, por isso há parcelamentos, repactuação de dívidas e outras formas de se manter adimplente.

n      É preciso evitar sonegação dolosa. Isso é crime.

 

 

Palavra de Vitória:

Salmo 89:14-15  Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante  do teu rosto. Bem aventurado o povo que conhece o som festivo; andará, ó SENHOR, na luz da tua face.

 

A palavra de Deus é luz para nossos negócios e decisões.

 

Estudo realizado por Nilson e Taniclaer Fante em 11/11/2005

 

Fontes de Pesquisa:

Bíblia de Estudos Pentecostal

blibliaonline.net

estudosdabiblia.net: Denis Allan, Gary Fisher, Greg Chandler , Allen Dvorak